O peso das palavras
No peso das palavras de um lado silêncio,
ausência de outro espada cravada no peito,
areia e espuma do mar,
nuvens densas de chuva e sombras das noites sem luas
Sem peso definido por tabela as palavras sofrem de obesidade
São levadas pela cabeça e achatam o travesseiro,
arrebatam
as entranhas e
invadem o âmago do ser bem ali na pleura e
São o feitiço do verbo contra o próprio feiticeiro
No peso das
palavras pluma e poesia ferro
e verdades se entrelaçam em dança cósmica e lutas e amores entre bem e mal
Que possam ser leves
as palavras de peso pesado,
aquelas que ficam em nós transmutando partículas da própria essência!
Esta poesia foi publicada no Sol & Lua em 30 de marco de 2005.
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