Tudo era muito
simples. Colocava-se tudo no seu lugar de ser. Haviam tendências de que as coisas fossem aquilo que são. Eu somente procurava descobrir estas tendências. Todos queriam que as coisas fossem tais como quando se comportavam nas interações coletivas sem infringir a menor regra. Até aqui não havia ainda, todavia, a trangressão necessária às transformações. Estamos num ponto em não damos um passo sem consultar os astros, as necessidades do coletivo. Existe até mesmo um centro e por isso podemos pensar mesmo em hierquia, disciplina, chefias, periferias e fronteiras na defensiva de um território abstrato. Alguns neste sentido fizeram muitas transgressões às escondidas desmanchando a simetria que todos acham tão lindo, mas nem tanto. É que a simetria também cansa. Agradar é bom, mas cansa. Sabiamos lá no fundo que a irritação prossegue mesmo que oculta dentro de cada um de nós a cobrar atitudes alheias e/ou próprias na medida da sofisticação de cada um. Mas, agora, como você pode ver, daqui para lá podemos adivinhar como pode ser: talvez alguns triângulos resultem numa estrela, se houver material suficiente. Talvez formemos um monótono tecido constituido de padrões. E um sujeito sem pensar vai gritar antes que outro aventureiro o faça: mas isso não é Arte!
Sim. Isso não é arte não e por isso mesmo não incomoda. Não estou a fim de incomodar. Estou a fim de harmonizar. Harmonizar, entendeu.? As vezes também é preciso.
Desejo romper com esta harmonia toda, mas tão suavemente que nem percebam. E então, talvez eu obtenha alforria social para ser mais feliz. (Sim, porque de vez em quando eu sou feliz e posso ser mais vezes.)
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