Dr. Drauzio Varela
Retomei a leitura do livro "Por um fio" do Dr. Drauzio Varela. Gosto de pensar que um dia vou morrer. Pensar que um dia esta vida acaba é inspirador. Sinal que podemos viver mais intensamente, quando tenho esta crença de 97% dos brasileiros de que a vida continua após a morte. Mas, a nossa roupagem após a morte quase toda muda. O que levamos conosco? É bom não levar muita carga. Quanto menos bagagem melhor.
Geneticamente, sou daquelas pessoas que não têm muito apego a vida e são estes seres os remanascentes de uma escolha em que os que tinham mais apego a vida foram os mais escolhidos para reprodução. São poucos os que não têm apego a vida. Quem tem mais apego a vida, por consegüinte são aquelas pessoas muito admiradas porque têm "garra", "vão a luta", como se diz. Eu raramente sou assim. Sou daquelas pessoas precisando de um empurrãozinho para ir adiante e o tipo de empurrãozinho humilhante que muitas vezes recebo é para ir para trás mesmo com muitos lobos disfarçados de cordeiro pretendendo me desejarem bem. Mas, estou errada. Não estou completamente errada e me surpreendo também com a bondade das pessoas.
É redundante dizer: "o que realmente precisamos levar desta vida é o amor". Mas, é isso mesmo. Sem originalidade alguma é isso que precisamos ter um pelos outros.
Não estou preocupada em saber se meu time, o inter, vai ganhar. Acho ridículo eu preferir o inter ao grêmio, quando não há diferença nenhuma entre os dois e detesto futebol. Acho um absurdo a poluição sonora das buzinhas por causa de disputas futebolisticas quando isso deveria ser proibido.
Estou me preparando para ficar pior ainda. Tomo um floral para que se seja indiferente o bem e o mal que aconteça quando devo ficar do mesmo jeito: Jasminum, MG, o Jasmim, Jaz mim.
A genética precisa de alguns seres diferentes dos outros em minoria. As exceções também fazem as regras e é preciso ter diversidade. É preciso sermos o que somos e não fazer ajustes numa cama métrica.
Gosto de saber que há pessoas que eu realmente admiro como o Dr. Drauzio Varela, porque através dele muitas pessoas marginalizadas se sentiram queridas e importantes. Aquilo que é pesado se torna leve nos relatos dele, muito bem escritos como os de qualquer literato, por que ele cresceu espiritualmente com a sua profissão, quando poderia ter ficado mais "frio" como ele mesmo chegou a recear.
Abri este livro, li o prefácio e depois deixei-o mais de um mês na cabeceira. Então quando me senti vazia, sem sentido, inconformada com a minha vida a ponto de não aguentar mais, foi à farmácia de manipulação e comprei um RESCUE pronto (floral) e abri o livro do Dr. Dráuzio. Santos remédios. Novo alento...E eu sou um disperdício ou quase.
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