Posso fazer e não preciso
Se eu fosse fazer você, a receita seria natural, mas demasiado calórica como tudo é bom demais, tal qual o que é pecado. Na massa haveria farinha especial de trigo, araruta em vez de claras, fermento, um pouquinho de levedo de cerveja pois sinto um amargor apreciável em ti, um pouquinho de farinha de milho e canela em pó em quantidade mínima e secreta. Você leva sal e açúcar em igual quantidade como nas receitas chinesas. Leva um tablete inteiro de manteiga na massa e leite morno. Se eu fosse fazer você sentiria muita pregüiça e não acho araruta na cidade.
Ah...mas, eu faria e só não faço porque não quiz ainda o bastante...
Se eu não soubesse fazer você não sonharia com tua pele, com teu beijo, com teu cheiro.
É por saber-te de cor e salteado que não preciso mais de ti. Pode ir! Vá antes que eu me arrependa e te prenda para sempre em meus braços, te encha de beijos e abraços e passe a fingir que não te quero para ver se você fica sempre um pouco mais aqui, bem aqui assim. Vá!
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