"Diga que o amor existe. Diga que o descobriste nela."
Canção castelhana
Friday, March 24, 2006
Entrevista diferente
Perguntaram-me se eu gostaria de editar um livro.
_Eu tenho muitas coisas escritas por aí tudo. Não sei.
Foi a resposta.
_Você se sente uma escritora?
_Não. Eu me sinto uma escrivinhadora. É diferente. Tem escritores e escrivinhadores.
_E qual a diferença?
_Não sei direito. Mas, os escritores vencem na vida como escritores e participam de sessões de autógrafos. Já os escrivinhadores não. Mas, alguns escritores são também escrivinhadores disfarçados.
_Sei...e você escreve por quê?
_Eu escrevo e me repito sempre no que escrevo. Digo de outro jeito o mesmo.
_O que você diz no que escreve?
_Eu te amo, meu amor. Eu te amo, meu amor. Eu te amo, meu amor.
_Puxa! Que romântico!
_Era muito romântico mesmo, mas devido a tantas dificuldades neste assunto acabou por ser realista também.
_Você também escreve para dizer que odeia?
_Sim. Eu escrevo para dizer o que sou basicamente e o que sinto. Sou suficientemente egoísta e egocêntrica para sofrer e generosa e altruísta para ter um processo de libertação deste sofrimento que se dá também através do processo de escrivinhamento ou de escrivinhação. Mas, eu procuro ter cuidado para que o que escrevo e publico seja justo e possa causar bem de modo geral a todos, mesmo que incomode superficialmente a alguns com trocas de paradigmas.
Mulher nascida em 1962, casada, mãe de dos filhos. Formada em Direito, praticante do Desenho e da Língua Inglesa.
A imagem de perfil foi feita pelo meu filho mais velho e pelo The Sims
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