Considerações sentimentais
Ao pensar nele percebi que se afastava de mim. Não obtive o prazer do encontro interior em meus pensamentos. Não, não era falta de amor entre nós, era um mundo entre nós, um mundo com suas dores e a falta de licença para que nosso romance se manifestasse novamente em algum do lugar do cosmos. Havia tanta culpa. Eu sabia que por pior que minha rival Mara tivesse sido comigo ela era um ser que como eu era capaz de sofrer muito. Eliot se dava conta desta capacidade dela de sofrer e de sofrer conforme ele, Eliot se manifestasse diante da responsabilidade que sempre assumiu para como ela como se fosse uma filha, uma flor delicada. Por trás de uma aparente fortaleza e determinação de pessoa competitiva pelo seu espaço escondia-se muita fragilidade. Deu a ela os cuidados que se tem com as orquídeas e as violetas onde os excessos são prejudiciais e lá no seu íntimo ele entendia que com Ella não era muito diferente, mas desistira um dia e nunca mais.
Muitas vezes em nossas vidas escolhemos que todos estejam infelizes para que a felicidade de uns não esmague a de outros. E de que adianta isso? Eu sinceramente não sei, mas nossa permissão interior para amar é essencial para que de fato amemos efetivamente.
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