<p>******)FILHA DO SOL E DA lUA(******</p>: Emanuel Kant

Friday, January 05, 2007

Emanuel Kant

KANT – Séc. XVIII



Esta visão procura simplificar e explicar bem as idéias de um filósofo que não é fácil de ser compreendido e exige certa disposição para tanto. Por isso se eu não estiver sendo clara o bastante, busque outra fonte. Além disso, ofereço aqui apenas um esboço das idéias de Kant, sem a pretensão mostrar uma síntese completa e o faço como numa conversa informal. Pretendo ampliar meus conhecimentos ainda sobre este filósofo desde que isso não venha a tornar-se algo enfadonho e demasiadamente complexo, pois o que é demasiado complexo não me serve.

Imagem de Kant copiada da wikipédia




Algumas idéias básicas sobre este filósofo:

Introdução:

Com a Revolução Francesa o Iluminismo (que pode ser entendido como um processo de autoconsciência do homem em relação ao cosmos, a história, processo de libertação enquanto ser único, enquanto povo e enquanto cidadão do mundo num universo unificado de conhecimentos) surgiu de uma forma bastante peculiar na Alemanha. O povo (ou a elite) na Alemanha achou que deveria ter uma revolução cultural também. O povo era rude e desprezado em sua cultura. Infelizmente o desejado resgate cultural e auto-conhecimento não foram feitos de forma saudável até o fim, resultando no que sabemos desesperador, mas gerou revolução cultural gerando grandes filósofos como Kant, Hegel, Karl Marx (expulso da Alemanha) e Engel.. A Língua Alemã não era empregada pela elite, nos meios cultos onde se falava em Francês ou em Latim. Houve uma época de resgates e o primeiro resgate foi o resgate da linguagem. O Alemão deveria ser a Língua culta dos alemães. É neste contexto de linguagem filosófica, com o chamado “homem de conhecimento e linguagem” que surge Kant, um dos filósofos mais importantes da História da Filosofia.

Juízos em Kant:

Existem dois tipos de juízo:

Juízo à priori: aquele juízo que nada acrescenta ao conhecimento
Juízo à posteriori: aquele juízo que amplia o conhecimento realizando sínteses ou conclusões filosóficas.

O espaço é juízo condicional a priori enquanto possibilidade da intuição empírica dependente deste mesmo para que se realize. Da mesma forma ocorre com o tempo. Fora da idéia concebida no espaço tempo não há que se falar em conhecimento.

CRÍTICA DA RAZÃO PURA
“O conhecimento só pode provir da intuição, sendo que essa representa o objeto de modo imediato, e também dos conceitos com os quais as proposições são unificadas através de juízos à posteriori.

A intuição incide sobre o objeto da intuição ao qual é acrescido um conceito. Desta soma resulta um juízo a posteriori.

INTUIÇÃO + OJETO + CONCEITO= JUÍZO A POSTERIORI

Ocorre que a Matemática Pura prescinde da intuição empírica. Os conceitos da matemática pura provêm da construção destes. “Construir um conceito significa representar a priori a intuição que lhe corresponde”. Tal intuição pura é possível, como prova a intuição pura do espaço e do tempo, sem que para isso seja necessário preenchê-los com sensações.Mas espaço e tempo não são idéias sintéticas, e sim frutos de nossa intuição direta sobre uma coisa existente no mundo fenomenológico, a realidade deste mundo. Nestes termos, a “a coisa em si” (do grego numeron::número), em oposição a fenômeno não pode ser conhecida. (Não seria possível conhecer o “ponto” enquanto figura geométrica através da intuição. E a pretensão da Metafísica é tornar possíveis os juízos sintéticos (como o conceito de ponto e linha reta -o parênteses é meu) à priori sobre a coisa em si.”

Para que as representações do entendimento sejam reunidas em uma unidade, pois sem isso não haveria síntese, é preciso pressupor a possibilidade de tal unidade, i.e, o sujeito do conhecimento. (e o filósofo se descobre como homem de conhecimento e de linguagem)

A dialética para Kant é a lógica da ilusão. De fato, a razão tem a ilusão de tornar a possibilidade lógica do conceito (já que ele não se encontra em si mesmo) pela possibilidade transcedental das coisas (transcendental é exterior, não emana delas e se coloca em um patamar considerado de ordem independente da natureza em Universo Paralelo). Na história a idéia de Deus em primeira análise era, pois transcendental, pois não emanava dos seres e das coisas e constituia-se num universo a parte.

DIFERENTE DE TRANSCENDENTAL É TRANSCENDENTE E POR CONSEGÜINTE, vejamos O CONCEITO DE TRANSCEDÊNCIA:

TRANSCENDÊNCIA: É aquilo que se assemelha ao adjetivo, conferindo a coisa uma qualidade sem acrescentá-la, pois esta lhe é preexistente. Sendo que esta qualidade faz parte de um conjunto universo onde nele estão contidos diversos seres sujeitos a esta mesma qualidade; da qual tais sujeitos, também dessa, são objetos.

Ex: Vinícios é belo.
Maria é bela.
João é belo.


A beleza existe de uma forma independente destes sujeitos, mas faz parte de cada um deles, portanto é imanente também.

Este adjetivo belo é transcendente, uma vez que emana do sujeito, fazendo parte deste, mas também faz parte de um conjunto onde a beleza existe em relação a muitos outros seres.

E Kant dizia que “a razão tem de ir à natureza.”

IDÉIA TRANCEDENTAL: idéia que depende unicamente da intuição e não é objeto de conhecimento em si quando obtemos a percepção das coisas. Transcendente, pois, é a idéia a priori desprovida de uma percepção intuitiva, fazendo com que a idéia sobre o objeto da percepção desprenda-se de um objeto em si imperceptível, sendo ele, em Kant, o fruto metafísico da ilusão produzida pela razão e para a razão.

Com estas idéias Kant não pretendeu condenar a Metafísica, mas condenou o fato de muitos pretenderem a Metafísica como ciência.

A meu ver Kant nos ajuda a refletir sobre o conhecimento do conhecimento apenas. A matemática pura é da ordem da metafísica e assim deve prosseguir em casos como a Álgebra e a Geometria. Não foi à toa que surgiram conceitos como ponto, linha e números. Estes conceitos fazem parte de um mundo ideal que podemos também conceber de uma forma que considero intuitiva, a despeito da “CRITICA DA RAZÃO PURA “

Modestamente muitos se disseram empíricos como Freud e Piaget, mas até hoje seus juizos são tomados como juízos à priori que pouco acrescentam a dinâmica do Conhecimento Universal aberto a novas descobertas sempre que possível, da maneira como tal se apresentam em relação a esta abertura estreita.

Considere que aprende-se através de intuição, sensação, sentimento e pensamento, divisões da alma humana em Jung. Daí se diz que “epistemologicamente falando [em relação a valores] Jung é kantiano.”)

Hoje podemos dizer que as ciências exatas, quando há cada vez menos ciências reconhecendo-se exatamente como exatas, dependem de juízos sintéticos a priori. Aprecio, por falar nisso aqueles Universos Paralelos platônicos onde residem os triângulos, os círculos e até mesmo prismas geométricos que seriam até bem áridos se apenas possuímos razão e pensamento sem precisarmos sentir absolutamente nada. Mas, tão somente a partir de um pensamento kantiano podemos perceber a diferença entre aquilo que aprendemos a partir da experiência e da cultura, desde que nascemos e o fato de alguém nos dizer que uma linha é formada de pontos depende muito de autoridade e convenção, quando dificilmente por nosso próprio raciocínio chegaríamos à mesma conclusão fazendo com que todos de uma hora para outra também acreditassem na mesma verdade até o dia em que lhe contassem algo muito incrível: assim como o Coelho da Páscoa não coloca ovos de chocolates, no complicadíssimo cálculo integral ou infinitesimal, linhas não são formadas de pontos, mas de linhas, quando não há nada neste cálculo e neste universo escolhido para fins de maior precisão que seja divisível em si mesmo e daí em cada partícula pode estar contido um universo inteiro. Mas, aqui estou fugindo, da Critica de Razão Pura em Si, porque “isso são outros quinhentos”.

Créditos:
A partir do livro Os Pensadores
História da Filosofia
Bernardete Siqueira Abrão
Nova Cultural

Imagem da wikipédia:

http://pt.wikipedia.org/

Leia mais sobre Kant: aqui.

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