O amor mal vivido, reprimido, contido, não está mesmo com nada. A frustação romântica é mesmo sem sentido. Mas, o romantismo pode ser realista mesmo no sentido de que é o que sentimos e o quê de mais real que temos a declarar no momento. Eu não escolho como eu escrevo, como vêm as palavras aos borbotões ou não. Eu não escolhi ser assim, ser como sou e não escolhi gostar de quem gosto e do que gosto. Talvez eu deva ficar me procurando melhor por aí em meio a um panteísmo onde sou tudo e tudo sou eu. Quero ficar misturada no barrulho que vem lá de fora e ser mais um passarinho, o vento que bate na janela e ser um pouco de você e de outras pessoas, bichos e plantas.
O romantismo pode ser feio. Sim. Pode ser feio, muito feio. E por isso eu vou parar de escrever agora mesmo que eu tenho mais o que fazer embora não exista esta necessidade de beleza que quase todos parecem buscar num lirismo berrante como o destas bocas que riem enquanto os olhos agonizam.
Beijos!
<< Home