"Diga que o amor existe. Diga que o descobriste nela."
Canção castelhana
Monday, June 26, 2006
Eu sou inocente!
Ele achava que poderia ou deveria ser processado ou processar. Ficava procurando palavrinhas aqui, palavras não muito românticas ali, etc. E não sabia com quem estava lidando.
Ela estudou Direito, não na faculdade, mas em casa por causa de um explorador e teria em primeiro lugar muita preguiça em processar alguém, teria um ataque cardíaco ao processar a ele, o seu amor, ex marido com quem co-habitou em uma linda residência de fronte ao rio Guaíba quando de quando em vez batia uma brisa e exalava-se no ar o mais doce perfume, podre de poluição...
Bom. As pessoas hoje em dia não conversavam mais e tinham muito medo. Eles não conversavam mais, pois ele precisava cuidar dos seus oito cãezinhos de estimação e passear com eles após trabalhar muito. Ele usava estas sacolinhas e pás para as necessidades, porque Eduardo é um homem bem ecológico.
Aquele livro que ele escrevera utilzando a história de Dorothéia, utizando sua obesidade transitória, suas crises de ciúmes e lágrimas fizera algum sucesso na mídia. Ele havia guardado as lágrimas dela em vidros para no caso de escrever um livro utilizá-las e eram lágrimas de chorar por ele, vejam bem! Por isso é lógico que temia ser processado, por injúria grave provavelmente. Há, como a havia injuriado, isso sim. Quizera tivesse a injuriado mais a ponto de sentir enjôo e o mandar longe, de não querer saber dele nunca mais. Ela também o injuriou e muito. "Quem desdenha quer comprar." E quem desenha me parece que pode querer vender.
Uma vez ela o xingou ao telefone e ele disse que "quem desdenha quer comprar". Ela não conhecia esta expressão. Suas expressões: "Você precisa aprender a vender o seu peixe" e "Quem desdenha quer comprar" me parecem jóias da sabedoria mercantil. Mas, ele só disse isso quando estava com raiva e se defendendo caso contrário abaixo às frases feitas, porque a professora lá do meu colegio não gostava e ensinou prá gente que isso era feio. Feia é ela. Essa boba!
Ela também escreveu seu livro sobre ele. Quando os dois leram um sobre o outro não apreciaram algum realismo. Quem não iria gostar de um livro bem romântico sobre si mesmo afinal? Ela escreveu sobre os seus defeitos e ele sobre os dela. Mas, havia amor também, pombas!
O processo da vida era inevitável. Ele vendo se precisava processá-la. Ela tinha medo que ele a processasse também. É que ele nunca tinha processado ninguém provavelmente, por isso não sentia tanta pregüiça e stress só em pensar.
POR ISSO EU DECLARO AQUI SOLENEMENTE QUE EDUARDO É INOCENTE DO QUE SINTO, DE TUDO O QUE SINTO, DE TUDO O QUE ESCREVO, DE TUDO O QUE LEIO.
Não me processe, senhor "d-vogado", por favor também, porque eu acho esse homem muito...
Muito de tudo, pouco de nada... Ele é só um persongem. Um personagem galã. O Eduardo é muito bom sabe, eu até me casaria com ele, eu juro. Ele é só da mulher dele, viu? O resto é só fantasia, ah...mas é tudo o que tenho.
_Agora, olha aqui, o Eduardo, se você me atacar eu me defendo e olha que eu sei me defender muito bem, ouviste?
_Ouviste?
_Digo: Leste?
_Não tenho medo de ti.
_Nem eu de ti.
_Nem eu quero que tu tenhas medo de mim.
_Nem eu quero que tuuuuuuuu tenhas de mim.
_Vai escrever sobre outra.
_E você vai escrever sobre outro?
_Eu já escrevo sobre vários, você é que não percebe.
_Ah...Aprendeu comigo a fundir multidões. Mas, está mal viu. Eu achei que tu andas muito auto-biográfica.
_E bem mais inofensiva do que você, seu linguarudo de teclado!
_Liberdade de expressão, tá?
_Eu não deveria ter inventado você.
_Ícaro onipotente!
_Medusa!
_Cansei. Vamos parar com essa discussão chata, ou os leitores não virão mais aqui.
Mulher nascida em 1962, casada, mãe de dos filhos. Formada em Direito, praticante do Desenho e da Língua Inglesa.
A imagem de perfil foi feita pelo meu filho mais velho e pelo The Sims
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