Das palavras
Para escrever você não precisa ser um ser superior, mas precisa descobrir como expressar você mesmo de uma forma que comunique não todos os fatos da realidade com detalhes pouco prováveis, mas com verossimilhança.
Verossimilhança muitas vezes ao contrário de ser uma cópia da realidade é parecer real. O que seria uma cópia do real sem contornos dificilmente teria esta verossimilhança que os cérebros lógicos que temos buscam, mesmo quando esses apreciam, assim como eu a quebra fantástica da lógica. A idéia, o cerne da questão, no entanto, é nossa verdade mais verdadeira, escrita com sangue no que sentimos e pensamos e, na idéia não há como mentir; ou mentimos ou escrevemos algo que valha a pena, nem que seja apenas válido para quem escreve, pois é escrevendo que podemos ler muitas vezes nossos próprios pensamentos na sua essência independentemente das vestimentas e colorido que empregamos para demonstrar o que vem de dentro de nós.
Deixo aqui o meu pesar aos absolutamente formais de conteúdo falso, sendo para estes que fingem muito bem que escrevem há um público oportunista daqueles que fingem muito bem que lêem palavras requintadas e vazias de significado, encomodando sem que possamos dizer porque exatamente quando muitos podem obter nas palavras uma espécie de alimento para almas aflitas, famintas, magoadas, injustiçadas... O artista, o escritor e o poeta ao cumprirem sua missão captam a alma de muitos quanto maior seu coração, quanto mais consolo houver nas palavras, marionetes de um sentido de vida do qual o próprio beneficiário lhes empresta fala e gestos em forma de sinais. As letras...
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