<p>******)FILHA DO SOL E DA lUA(******</p>: Não fazer nada
Não fazer nada
Não fazer nada pode ser mais difícil e mais eficaz do que fazer algo. Isso aprendi dos anos que se passaram, quando muito se fez aqui e ali, piorando muitas coisas que não deveriam ter sido feitas. No universo do construido estava o aprendizado e uma das lições era quando não fazer, eu fiz portanto alguns erros e estes devem fazer reconhecer momentos de fazer e não fazer. O não fazer inda me indica que falta ainda um pouco de paciência e fé. Para! Não faça nada, não escreva nada, não diga nada, não aceite provocações. Oh, que lições estas que a vida me trouxe e me fez crescer aqui por dentro o que me fez crer na lição de Goethe quando nos diz que a flor é o sofrimento da planta. Então vou florecendo na alma pouco a pouco e suportando meus espinhos a arrebentar-me a haste, no espirito em certos casos há uma vida vegetal a ser vivida e compatilhada: é uma vida de ausências. Nas minhas lacunas eu o imagino contente por não fazer nada, apenas deixar que o sol me doure e toda a luz me penetre, espero ser canal e não ter mais tanto orgulho para ser ferido, nem insegurança, nem miséria na medido em que sou mãe e que supro com a natureza nos designos do Altíssimo. Sim, eu faria tudo por ele, pelo Amor, pelo Amor e pelo Amor, faria até mesmo o não fazer, não estar, sentir saudades, afastar lembranças e trabalhar, por Amor eu morreria e morro sempre um pouco para viver de amor como quem respira em longa contração retida que almeja expandir-se longamente no infinito. Importa sacrifício. Eu me ofereço em holocausto ao amor, em sede, fome e anseio do mel de tudo que me deixou esquecida.
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