<p>******)FILHA DO SOL E DA lUA(******</p>: Acordamor

Saturday, July 22, 2006

Acordamor

Não posso imaginar o Dr Eliot acordando de um sono profundo sem dizer o tradicional: Onde estou? Pois, com toda a sua originalidade foi isso o que ele disse depois de ouvir a Quinta. Embora seja bem sabido que embora Bethovem fosse cidadão alemão ele tinha uma nona, mas isso são outros quinhentos. Também poderiam ter tocado a Dança do Destino à moda cigana e acho que o efeito teria sido o mesmo, mas tiveram de tocar a música duas vezes para ele acordar, pois nosso querido personagem estava plugado no aparelho e assim mesmo acelerou muito depois do tam tam tam tam...tam tam tam.... O tam tam tam tam me lembra massagem cardíaca conforme aprendi ao vivo e em manuais facilitados, mas espero não ter de praticar isso a não ser que...bom deixa prá lá.

_Onde estou? Para onde vou? Quem são vocês afinal?

_Continue calmo.

_Você está em uma sala especial de tratamento músico terápico no qual ficou uma e meia semana após demostrar sintomas de estresse diante de uma situação inusitada. Estavas na terra sofrendo um bocado quando começou a andar pelos telhados.

_O quê?

_Já ouviu falar em morte física?

_Mas, que pergunta...claro...Continua explicando!

_O senhor...digo você...você morreu.

_Mas, como se eu estou vivo?

_De certa forma sim, mas experimente beliscar-se.

_Puxa! Que estranho! É como se eu fosse feito de luz, de energia, algo muito leve e um pouco mais denso do que o ar.

_Sim. Aqui nós possuimos alguma densidade leve que se deve aos congregados energéticos.

_Eu...Eu deixei a minha esposa e meus filhos.

_Eles estão tristes, infelizmente. Muitos ficaram tristes lá na terra, porque você é querido. Sua esposa, seus filhos e alguns amigos estão inconsoláveis por enquanto.

_Fico muito chateado por isso.

_Sim, mas procure alegrar-se sempre que puder, está bem?

_Acho que seria razoável, mas como?

_Existem muitas maneiras. Existe alguém do seu passado que espera muito para vê-lo.

_Quem?

Emanuel ligou a tela e mostrou um rosto, uma cena...

_Não! Eu não quero ver esta mulher.

_Por que não?

_Por que ela me perseguiu.

_Perseguiu, é? Não é preciso falar sobre isso agora e não é preciso vê-la a menos que o queira.

Vamos conversar a respeito amanhã ou se preferir depois de amanhã.

_O que eu tenho para fazer agora?

_Que tal um livro?

_Que livro?

_Venha, vamos à biblioteca!