Saudades de mim?
Nunca saberia se era ele que me mandava aqueles cartões por e-mail:
"Alguém com saudades de você enviou um cartão..."
Alguém com saudades de mim pode aparecer na minha frente, isso sim.
Será que é ele, será que não é ele...
Bem-me-quer, malmequer...
Malmequer alguém de má intensão é sempre mais provável para o gato escaldado com medo de água fria. E toda o percentual paranoico crítico que possuo é pouco para saber a verdade sobre a mentira.
Ana Paula também é um nome bonito com o qual enviavam mensagens românticas para homens: Ana Paula lembrou de você. Mas, quem era esta Ana Paula afinal. Ele preferia dormir pensando em como seria Ana Paula. Ela era alta, de cabelos castanhos, macios, longos. Tinha a pele levemente morena e estava sempre perfumada, só passava batom. Não precisa usar salto alto e havia colocado 250 litros de cilicone em cada mama. Era melhor não estragar este sonho que se chama Ana Paula abrindo os e-mails dela, por isso ele se conformava, afinal é sempre bom que uma Ana Paula envie e-mails para gente quando os da esposa não possuem mais aquele suspense, aquele frio na barriga e portanto não combatem a depressão.
As pessoas que não respeitam os sentimentos e a privacidade alheia se usam deste tipo de argumento emocional. Então ela não abria os cartões infectados para não entrar vírus no PC e para continuar pensando que seu amor também sente estas coisas. Xi! Saudades de mim... Mas, como a tecnologia em vez de facilitar a comunicação pode dificultar! Agora só frente à frente, olho no olho e talvez...mano à mano se ele deixar. Ai!
Meninas e meninos, não abram e-mails que fornecem o carinho que vocês querem de uma forma insegura. Não tenho gostado mais da mais linda palavra da língua portuguesa segundo alguns. Tenho gostado tão pouco que se pudesse mataria a saudade cometendo um crime perfeito, um crime sem conseqüência alguma para ninguém e sem vestígios é lógico. Mataria a saudade de beijos e abraços e sem aparelho, sem arma, de corpo e alma. Quem não tem uma saudade que atire a primeira pedra, na saudade, não em mim por favor que sou frágil na minha fortaleza.
A autora deste diário se trata de uma romântica e não de uma idiota ou mesmo um pouquinho das duas coisas, mas não como o senso comum imagina, jamais como quer o senso comum. Cuidado com os juizos de valores!
Continuem lendo que aí vem história!
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