<p>******)FILHA DO SOL E DA lUA(******</p>: August 2006

Wednesday, August 16, 2006

Mar e sia de poeira

Água e sal
um gosto de amar
um cheiro de mar no ar
O mar azul
Mar amor do norte sul
A lua no mar espelho
Teu beijo de sal
do mar com gosto de amor
Mar Morto
Mar Vivo
Maresia é poesia
Ondas do mar em espumas brancas
derramam-se sobre a areia
Amar-te no mar Amor é
morte e vida, vida e morte, sem medo de
amar sem fim, num vai e vem em ondas dançarinas
Nossos pés sobre a areia o mar beijou felizes a
batizarnos com estes segredos sagrados de Mar amar-nos
Algas verdes do mar e peixinhos prateados
em águas límpidas do mar
Mergulhas teus sonhos de amor
Serei sereia do mar amar-te desde quando Marte
Júpiter, Saturno em lágrimas salinas lunares de tanto amor serei
Serei a tua água salina, fria a escorrer-te pelas tuas pernas
Serena Lua no mar e sia a compor-te em sons sustenidos
Docemente a água do mar acaricia
areia, sereia, conchas onde gravei a
canção do mar das tuas oreias,
Príncipe das águas profundas veio parar nesta areia, mastro destes cavalos marinhos
Serei a tua aldéia. Serei a tua praia, tua saia,
serei aquela em ondas dentro de mim e ti a
a nadar-te serpenteias, na canção do velho mar a murmurar amor amar o mar crescente num
gemido de prazer infindo.
Teu lar é meu amor na tua praia, na tua areia. Serei em teu mar mulher, maresia de poeira...

Monday, August 14, 2006

O médico e a "louca"

_Que é mesmo que eu sou Dr?
_Esquizofrênica. Es-qui-zo-frê-ni-ca....
_Não vou aceitar isso. O Sr. disse que eu era bipolar. Eu já tinha comprado roupa de bipolar para mim, tudo em branco e preto com sapatos channel combinando em alto estilo, perfume desta griffe e colarzinho de pérolas.
_Mas, agora mudei de idéia. Compre roupas bem coloridas!
_Eu também mudei de idéia. Vou procurar outro médico.
_Mas, este remédio que eu tenho para te dar não existe na farmácia...
_Eu sei. Ele é de graça não é? Não custa nada para ninguém...
_Vamos conversar com teus responsáveis sobre isso.
_Alguns remédios fazem efeitos de lobotomia numa pessoa não é mesmo?
_Não adianta eu te explicar porque você não entende nada nem mesmo de anatomia.
_Eu entendo um pouco sim, mas por uma questão de auto proteção não vou atacar a sua pleura, apenas adeus...adeus...adeus...
_Já vai tarde.
_Esquizo...o que mesmo?
_frênica. Esquizofrênica, não esqueça!
_Pode deixar, seu psicopata cafajeste!
_Olha a internação, heim?
_Eu cuido sim, muito obrigada, mas o difícil mesmo deve ser um sujeito poderoso e rico como o senhor viver tão trancado dentro de si mesmo onde a verdade nunca emerge ou nós afogaríamos todos em excrementos tão fétidos que somente um esquizofrênico em último grau com suas moscas de estimação suportaria. Sem alguém assim o Sr Dr. não é nada...Ploff.

A campanha:

Por gentileza, não explore indevidamente a doença mental. Um dia a exploração e o preconceito que existem em torno da doença mental podem ser tão combatidos quando o racismo deveria ser. Então, aqueles que exploraram e humilharam alguém em virtude da "loucura" poderão ser tão ressachados quanto suas vítimas em série num mundo muito louco.

E além do que ser louco não quer dizer não possuir raciocínio e dissernimento mesmo que comprometidos. Nunca se sabe...nunca se sabe...

Peregrina nua e solitária

Sozinha e nua ela percorreu desertos. Tinha fome. Tinha sede. Medo e coragem a um só tempo.

Muito havia perdido. Desconfiara de elogios e de prêmios e não importavam mais as opiniões e as críticas sobre a sua vida. Tudo isso era coisa do passado. Agora estava sozinha e nua e ... E livre para ser, mesmo se havia dentro dela uma dor profunda de não poder dizer o quanto era parte de tudo isso. Seu calor, seu frio, sua sede crescente eram o que a faziam sentir-se viva e num delírio encontrou por um instante a fonte e jogou-se nela bebendo da água límpida, cristalina onde se enchergavam abaixo peixinhos dourados e banhou-se toda, mergulhando profundamente. Nunca fora tão feliz. Mas, tudo acabou-se num instante e hoje ela caminha só, cansada, com frio ou calor, fome e sede de tudo, mas trás viva na memoria aquilo que de todas as ilusões não é ilusão. Existe a fonte, existe a água límpida e abundante da vida no âmago mesmo do seu ser. O resto sim é ilusão. O resto sim termina. Seu corpo um dia será como uma roupa que não lhe serve mais. A memória da saciedade é a saciedade e portanto nesta miséria do mundo não há mesmo o que perder e na memória da Vida assim como ela é há tudo a ganhar, por isso ela anda o quanto pode, até não sentir mais as pernas para acordar-se com o canto dos pássaros e primeiros raios do sol e continuar andando. Caminhar é seu lema. Caminhar é preciso. Ela vai em busca de uma terra prometida da qual está tão perto e ao mesmo tempo tão longe que nem sequer distingue o longe do perto nestes caminhos mágicos que a física moderna traçou para sinalizar a estrada com sinais de esperança. Um dia chegaramos lá, oh Ema, e seremos tão felizes que iremos todos morrer de felicidade, pois felicidade mata.

Saturday, August 12, 2006

Neste post

o preto e o branco,
a flor e o orvalho,
a boca e o beijo do amado,
o abraço de todos os encontros,
a escuridão da noite enluarada,
o casamento da raposa com o rouxinol,
o bem-te-vi e o colibri,
o vento no rosto e nos cabelos,
os teus pés a conversarem com os meus em baixo da mesa ou do cobertor,
o teu coração contente e emocionado a bater por mim na minha mão,
o encatamento da magia divina,
a água do riacho, da fonte, do açude, do rio, do mar a
encontrarem-se num chuá festivo,
tuas mãos nas minhas pelos caminhos da vida,
a rua, a chuva, as crianças saindo da escola,
o cinema com cheiro de pipoca,
o miado do gato,
a sinfonia dos pássaros a me acordarem na
hora da paz meditativa,
orelhas,
um jardim de rosas chá,
cheiro de canela e flor,
os olhos da criança necessitada a sorrirem de esperança,
as luzes da cidade,
a risada das amigas quando contam segredos de amor,
na hora de ir embora me pedires para ficar mais um pouquinho...
Anjos e fadas...
Sinceridade no amor...
Pão com mel...
Dor de parto...
Mimo de gato...
Baton combinando com esmalte, sapato alto e perfume...
Eu e você,Você e eu, depois de todo mundo junto...
Era só.

Wednesday, August 09, 2006

Num vazio triste



sensação de tudoacabado... tudo acabado ou tudo-acabado, sei lá, tão esquisito...

O silêncio ainda não é silêncio porque deseja saber o que coração já não sabe.

Neste vazio não há encontro, nem palavras, inconformismo...

Deixa que seja assim quando qualquer luta perpetua um estado de coisas onde não há retornos, nem avanços.

Deixe que seja aquilo que tiver de ser e então arma-se o tempo para uma tempestadade, eis que o vazio é mormaço, sede e solidão melancólica!

Este pode ser o sofrimento atroz, mas há o trabalho, muitas coisas por fazer aqui e ali e o tempo passa voando quando tecemos as redes de um fazer constante colocando nele meditação.

A vida não apresenta a surpresa esperada e então surpreendemos, surpreendemos a nós mesmos quando tinhamos um medo ser o que não suspeitávamos, pois a exemplo dos pássaros nos prendemos nos galhos da vida até esperar que as chuvas passem quando resurgimos exultantes de júbilo a entoar nossos trinados à vida nesta fé e esperança dos que aguardam as reações de toda a natureza em sabedoria que nos transcende.

Porque dizer? Uma descrição de alguma coisa sentida provavelmente por muitos e traduzida quando as traduções aliviam a carga.

Sim, mas já passou senão eu não diria. Verbalizar o passado de um absurdo é ter passado por ele sem poder dizer nada.

Colho palavras como conchinhas, triste ou feliz, sem coerência alguma, apenas esta coerência necessária para te dizer de mim para ti, por ti, para dizer-te e ser-te. Então já tardo e é preciso sim desplugar isso de nós.

Amor e ódio, esta dupla

Mas o que é o amor dos apaixonados, dos casais, não fosse uma amizade que se sublima no amor?

A respeito do tema eu fiz uma pesquisa "sentimental/emocional" ao oráculo virtual: o google e vejo que a falta de entendimento dos sentimentos tomados sempre em bruto não chega a ser surpreendente: na maioria das vezes é assim. E procuram julgar, como eu mesma faço, aos outros, sempre aos outros.

Uma paixão imensurável pelo Lula fez com que fosse criado um site apropriado somente para ele, figura nacional capaz de causar paixões. Se existem razões para isso, as pessoas vão além em uma paixão cega.

Depois podemos observar fenômenos como odeio a Suzane R., a moça que matou os pais numa parceria de crime hediondo que todos conhecem. Tem muito gente se sentindo um anjo por causa da tal guria e isso ninguém cogita, a não ser eu que levei chumbo grosso por considerar de uma forma mais científica a questão do crime, coisa que nem mesmo os advogados atuantes têm o costume de fazer para a mídia (que se protegem de escudo protetor).

"Eu odeio meu ex"é outro site criado para tratar on line um problema psico-social de muita carga. Para conmentar neste site é preciso fazer cadastro por lá e diz para que o vivente nem se preocupe em difamar o ex porque o dito cujo já deve ter falado mal de você também. Achei interessante, mas não fui.

"Amo meu ex", "amo minha ex" também ocorre da mesma forma como fenômeno de sites de discução e de confidências públicas, mas não merece, que eu saiba, um site somente para o caso, a não ser em casos conhecidos e menos explícitos dos quais por uma questão de consideração não cito neste post. Amar o ex, sobretudo aquele que deu o fora e deixou um coração partido é mais vergonhoso de admitir, por isso podemos encontrar este fenômeno em menor escala. Aqueles que dizem amar simplesmente este tipo de ex que deu o fora e deixou o coração partido geralmente esconde um ódio oculto e destruidor, por vezes autodestrutivo que constituem estas relações de de amor e ódio que não se apresentam em nada a luz da consciência em seus aspectos sombras, como no primeiro caso de histeria curado por Freud em que a paciente teve de admitir que odiava seu pai para se curar.

"Odeio crentes" é outro site especial sobre isso onde os sentimentos são super mal resolvidos ali, sem o acompanhamento de um moderador com mais estudo nestes assuntos da alma. E ficam na mesma, pois aparecem por ali os crentes, principalmente os que crêem em Jesus, condenando o ódio a fogueira eterna quando estes costumam dizer algo semelhante a "não sintam ódio não, isso é muito feio", mas não dão qualquer ferramenta sequer para que a pessoa se livre do fogareu, pois o exemplo de Jesus apresentado por muitos cristãos é o exemplo que não pode ser seguido por seres limitados, só ele personificaria Deus. Assim mesmo um bom crente no cristianismo segue o exemplo de Jesus e conhece o ódio que habita em seu coração e diz: "sonda meu coração, oh Deus e vê se há nele algum caminho mau!".

O ódio alimentado é o sentimento que acarreta crimes se levado ao extremo e provavelmente é justificado. O ódio pede transformação, é paixão, é chama como o amor ardente dos apaixonados. O caminho do ódio pode ser o amor, a luta cotidiana para melhorar a situação, a justiça,a compreensão e o respeito, se bem direcionado este sentimento tão intenso e energético.

Odeio às vezes aquelas coisas que não consigo assimilar direito, que não consigo perdoar, que me fazem me sentir humilhada e pequena.

Um caso de amor e ódio é mais comum no ser humano depois de já revelado a luz da razão a respeito das coisas da alma. Sou um caso assim de amor e ódio.

Gosto do Lula, tenho compaixão e procurei compreender muito a Suzane R., fico muito irritada com as pessoas fanáticas que tentam impor suas idéias quando discuitr com elas, sejam religiosas ou não acarreta algumas labaredas ardentes que ferem. No caso dos meus exes de modo geral eu tenho carinho por todos eles e por aquele ex com quem eu fui quase casada sinto um mix de sentimentos sempre sendo repassados e refletidos novamente, sem qualquer certeza do futuro destes sentimentos. O ex é lindo, fascinante, amados como aqueles que estão ao meu redor e sabem do meu amor e caminhamos os dois em paralelas para o Amor Eterno. Eu não o colocaria em um foro de discução e não cabe a mim julgar o forum de discução, caminho extranho que as pessoas encontraram para "chorar as pitangas". Mas, "quem desdenha quer comprar"...

Para o ex queremos ser reconhecidas e vice-versa. Por isso é bom não deixar cair a peteca.

Não há mesmo o que temer em mim a não ser aquela característica de emitir faíscas como os tragões que vem se luzificando ao longo de anos, heis que a luz e o fogo são da mesma natureza.

Com tanto ódio espalhado na internet de vez em quando é bom fazer uma pesquisa no google para ver se não estão fazendo coro para nos odiarem e os paranóicos podem perfeitamente encontrar o que procuram. No orkut há comunidades para dizer que ódiam o indivíduo tal e qual , geralmente indivíduo famoso e invejado, além do ódio direcionado a situações da vida e idosincrasias quaisqueres. Odeio quando grudam cabelos no sabonete.

Muito amor para ti, mesmo naquelas áreas em que o fogo precisa transformar-se em luz!

Felicidades! Paz! Namastê, s'il vous plait!

Tuesday, August 08, 2006

Enquanto é tão difícil

obteres da vida satisfação, dê aquilo que pensas que não possui para si. Dê aquilo que tu és e só assim saberás quem somos nós. Foi o que ouvi dizer. O Chopra disse, outros disseram e hoje sou eu quem diz isso que me consola e pode consolar àqueles que estejam preparados para isso, no momento oportuno.

Foi preciso

alguma humildade para saber que não posso saber e afirmar sobre algo do qual se esperimenta apenas a sombra e que não sei sobre Deus, apenas imagino algo que se assemelha. Por não saber é que eu compreendo esta verdade hoje de uma forma melhor e mais bem explicada.Foi preciso fé no Bem e procurar esta fé no Bem para os momentos maus. Foi preciso auto-estima e saber que por mais que eu esteja com dificuldades sou melhor do que posso imaginar e é isso o que a vida tem me mostrado quando mesmo em relação aos meus eventuais inimigos só quero prevalecer no que sou e me defender. A dor para mim pode ser abolida da face da Terra e não fará nenhuma falta. Compreendo plenamente estas coisas íntimas neste dia de sol e calmaria e um dia será preciso novamente lembrar deste aprendizado, por isso devo estar preparada. Uma boa conselheira para mim mesma, digo-me: pega isso tudo que afirmas hoje e leva contigo, sempre no local da tua sabedoria para quando precisares! Sim. Eu devo guardar aquilo que é bom e necessário para mim, não o que não faz bem e algumas coisas que para serem inteiras e verdadeiras devem conter em si muito mal para que a história possa ser entendida um dia, quando tudo se fizer nebuloso, como em muitas ocasiões. Eu levei também por isso aquela parte do trauma em que houve um confronto intenso e forte com minha sombra que jazia no outro, que jazia no mundo em alguns momentos de pavor. Fiquei a perguntar -me porque não facilitaram as coisas para mim, porque não usaram mais paciência e arte em cuidar da minha vida na hora em que não pude comigo mesma. Mas, esta auto-piedade não adianta em nada e quem não é ou não se sentiu capaz de ser melhor é limitado com eu, não importa o quanto, mais ou menos, aqui ou ali em determinada área específica da sua capacidade... Lembranças ruíns: talvez eu precise disso um dia, mas não sempre. Por isso o guardião do quarto escuro as guardou, no porão onde se cobrem de muita poeira dos anos. Na maioria das vezes sou assim como tu, preciso de amor e carinho, amizade e compreensão. Quero que para os demais seja mais fácil, aquilo que é muito difícil. Que seja mais fácil, então, por minha causa, pelo que sofri e pelo que sei da vida até hoje. Descobrir mais será melhor e então descobrindo serei mais feliz, pois me verei inteira e bela como a filha do sol e da lua com meu vestido bordado de estrelas. Não rias, pois é assim que me verás também quando estiveres preparado para isso. Assim me verás em sonhos, pois na verdade sou invisível a olho nú. Por teus olhos hás de tirar teus óculos para ver-me e não poderás e então tirarei as vestes e verás o que somos meu amor: Nada...Absolutamente nada. Mas, não se preocupe, pois no dia deste encontro não terás nunhum desejo de ser ou parecer outra coisa. De muito valeram estas nossas vestes de sonhos quando brincávamos de transformações constantes, nos diremos então. Dizem que restará todo amor que fica. Se não pensas o mesmo, não fale mais comigo!

O homem que fez minha amiga sofrer

Por Denise Carmem
  • Na primeira semana ele fez pesquisa de tudo o que ela gostava e declamava para ela poemas de gente famosa ao pé do ouvido. Disse que apreciava muito os doces mais difíceis de fazer, eram doces de calda e ela fazia para ele todas as tardes em que ele ia lá assistir futebol.

  • Ele a levou no parque de diversões e insistiu para que ela andasse de roda gigante. Ela avisou que ficava tonta. Ele insistiu e disse que ela teria de superar o seu medo e ser corajosa, afinal ela um dia poderia vir a ser a esposa de homem muito importante. Então ela andou e vomitou.

  • Fazia-lhe muitos carinhos ousados, mas não costumava transar com ela deixando-a com vontade. Ela chegava em casa e ia para o bidê.

  • Quando ela lhe perguntava onde iriam passear, ele dizia você é quem sabe. Ela algumas vezes escolheu ir dançar, mas nunca dançou. Sempre comeu aipim frito.

  • Não se alimentava de verduras verdes. Nada....

  • Contava sempre a mesma piada por onde andava com ela e havia platéia.

  • Costumava levar seu melhor amigo junto nos passeios, mesmo quando já fazia duas semanas que não se viam.

  • Gostava de ouvir seus discos a todo volume e pedia a ela que abaixasse o som quando ela escolhia um disco de sua propriedade.

  • Sempre derrubava alguma coisa na roupa e pedia um paninho.

  • Discutia assuntos dos quais não sabia para testar os conhecimentos alheios.

  • Tinha um cachorro que cheirava as partes pudendas das donzelas. E nestas ocasiões só dizia bem baixinho para o cusco parar com isso. Como o cusco não parasse ela ficava desviando e dizendo ai, ai, para com isso, Rex! E como Rex não parasse ele dizia: Não vê que o bichinho está só brincando. Então ela sentava e o cusco sentava ao seu lado. Não tinha tomado banho a quanto tempo este animalzinho?

  • Esperava lhe sem tomar banho e sem se barbear e pedia licença para fazer estas coisas enquanto ela ia até a cozinha e verificava uma pia cheia de louças sujas. Aí ele dizia para que ela não reparasse, pois não tinha tido tempo durante a semana com provas e trabalhos. Enquanto ele se arrumava ela compassivamente dava uma geral na residência. Pobre homem ocupado!

  • Ele tinha uma ex mulher sempre com problemas de saúde seríssimos que não tinha ninguém que a socorresse e filhos adolescentes deste sujeito que desconfiavam das intensões de minha amiga.

  • Sempre atendia uma ou outra amiga sua ao telefone quando ela ia na sua casa e ficava horas ouvindo e dizendo hmrummmm. Ele era muito bom em dar limites, mas apenas para aquelas pessoas bem próximas à ele, dos demais ele aturava tudo ou magova para nunca mais.

  • De vez em quando ele tinha uma solenidade tipo formatura, aniversário, bodas ou enterro e pedia que ela fosse junto sempre vestida de acordo e pronta para proferir palavras de consolo para pessoas que ela acabara de conhecer. Depois nunca mais via estas pessoas mais solenes.

  • Chega? Ah...mas, tem mais uma coisinha para falar mal: Ele deixou saudades. Muitas saudades e saudades tantas que minha amiga toma remédios de tarja preta que representam este homem. Coitada mal consegue fazer necessidades com tantos remédios. Você deve estar se perguntando se alguma coisa boa este homem não deveria ter afinal. Eu me faço a mesma pergunta. E me parece tão demodê a frase de nossas avós que diz "ruim com ele pior sem ele". Fiquemos com o gancho: ponto de interrogação_?_Isabela Cristina teria contado tudo sobre ele, o inesquecível? Eu, Denise Carmem não posso averiguar pessoamente por questões éticas.

Sunday, August 06, 2006

Neste altar das almas

gêmeas deixo um beijo e uma flor,
luz,
cristal líquido transparente,
amor, amor, amor,
um incenso de sândalus,
uma intensão, um gesto, um beijo
solto no ar, um carinho,
vida minha,
vida de minha vida,
amor, amor, amor,
que o resto não importa,
pois,ficou em qualquer lugar do passado.
A química da alma procura elevar-se ao Amor de onde viemos
e para onde vamos numa oferta ao Criador
e a ti, meu amor, por tua alma sempre tão
perto da minha, por mais que as coisas do mundo queiram ou não,
por mais que
as núvens escuras cubram o céu de agosto com algum desgosto.
Um amor assim
tão belo nem pretendo explicar mal aquilo que
o pássaro já cantou, a chuva já choveu e te ofereço,
ofereço a todos em nós e também a Deus, não àquele Deus que tu em vão tentaste aceitar sem comprender em si tantas misérias e dores deste mundo,
mas a um Deus que significa simplesmente
aquilo de melhor e essencial que agora, neste momento pode fazer parte do senso comum da humanidade na melhor das hipóteses.
A Ele vamos alcançar esta oração dedicada a ti, criatura singular cuja origem é Amor onde vais até o fim, nos teus dias de busca onde elevar o pensamento é nossa melhor ferramenta no planeta Amor ainda que tardio.

Uma chuva de bençãos aqueles que são capazes de

arrebatar meu ser para esta fonte enfinita onde brilha em nós e por nós esta Luz!

A mãe e a amiga

_A Ritinha está com um namorado que está tirando a privacidade dessa menina. Ela não tem como se queixar, pois é tudo muito recente.

_Privacidade?! O que é isso?

_He...he...é mesmo, você vive tão cercada de gente.

_Gente que eu nem conheço. Parece que os guris colocaram um time de futebol para dentro do apartamento neste fim de semana.

_E a Patrícia?

_A Patrícia foi adotada pelos pais do namorado pelo visto, acho que levaram a minha filha sem me pedir.

_Nossa, mas me conta como é isso?

_Ela vai de mala e cuia todo o fim de semana para casa do namorado e os pais do rapaz adoram ela, fazem tudo o que ela gosta para agradar.

_Ah...é assim é? Então você pode ficar contente.

_É, eu bem que poderia ficar mais contente. Vamos dizer que eu esteja muito contente mesmo. Um bocado...

Dorothéia e as tias

_Mas, é claro que Dorothéia não está em casa.

_"Ela assobia e chupa cana ao mesmo tempo", essa menina.

_Sim. Mas, eu te pergunto até quando?

_Serão longos os dias de Dorothéia e ela precisa se alimentar bem.

_Fazer exercícios...

_É, eu vou ver se me dedico a convencê-la a se cuidar mais.

_Sim, porque ela como quase todo jovem está esquecendo um pouquinho os cuidados com a saúde.

_Mas, ela está entusiasmada e cheia de novidades.

_Isso pode ser mais importante.

_Sim. Mas, você ainda se lembra como se assobia chupando cana?

_Não.

_Eu também não.

_He...he...

_He...he...Epa, acho que ela está chegando.

_Deixa ela terminar de chegar. Depois eu ligo.

_Beijo!

_Beijo! Liga daqui a pouco se não a encontra!

Friday, August 04, 2006

A previsão do tempo à moda mercante

_Pena, me disseram que domingo chove.
_Mas, não pode, logo no domingo que eu tenho ocasião de andar vestida de mulher...
_"Estou te vendendo isso exatamente como comprei".
_Ahã?!? Ah, sim. Claro...Fazer o quê?

A rua por onde não passaste

A rua por onde não passaste cruza uma grande avenida. As alamedas das avenidas possuem macaquinhos agéis que te espiam quando tu pisas calçadas largas e antigas faixadas portuguesas.

Na rua por onde não passaste há uma construção e nela o chão se arrebenta lá fora na calçada, a água limpida escoa; o homem de avental observa esta nascente urbana, estudioso chega a conclusões científicas.

A rua por onde não passaste tem um cenário ideal quando seus cinzas e beges se quebram pelo rosa das copas dos ipês vaidosos vestidos de cor de rosa claro como a delicadeza que esperas em teu mundo.

Nesta rua por onde não andas há uma padaria aberta e o cheiro de pão invade as narinas dos transeuntes famintos naquela hora da volta prá casa, inclusive daqueles miseráveis que costumam transitar por estas ruas onde quem sabe até a bondade humana, nesta rua por ande não andas, ofereça o pão no final do dia acompanhado de algo quente para se beber: café preto pingado.

A iluminação é tênue nesta rua por onde não pisas e te busco em todos os rostos humanos imaginando se tu és mesmo parte da humanidade ou um ser a parte que se recusa a andar por aqui e dividir comigo esta mesma calçada larga e generosa que há tantos anos nos viram de mãos dadas.

A rua por ande não andas está coberta de um céu impossível de um cinza médio arroxeado com espaços vazios entre as núvens, convite para uma viagem ao infinito. Este céu que não vês seria mais verdadeiro na tela do pintor que no mundo, constituindo um fundo gótico, fundo de uma instituição cinzenta por onde se advinha uma cruz ao longe. A cruz do teu esquecimento de uma rua triste.

A rua por onde não passaste te espera para sempre quem sabe num dia frio, depois da chuva, com um casaco longo, um guarda chuvas negro e grande enganchado no braço. Teu vulto misterioso compõe uma cena emotiva na rua esquecida e abandonada deste vulto. Então a rua que não passaste esconde por discrição contida seu contentamento enquando a trilhas a pé com o teu sapato preto, mocacim e entras num café, pedes um simples e pela porta envidraçada daquele local observas a rua, a rua que te viu nascer, a rua por onde te atiras num carrinho de lomba, por onde correste, por onde gritaste, por onde amaste, por onde foste comprar um pão para tua mãe... Mas, a rua tão discreta faz que não se lembra disso e os transeuntes todos andam com o olhar taciturno e sério, pensando só em dinheiro e em trabalho, fingindo não sabererem que teus olhos nos meus, quando na rua se encontram podem ser ainda mais belos e doces do que estes ipês cobertos de florezinhas roseas.

Wednesday, August 02, 2006

Encomenda

Encomendei um milagre sem data, sem local, sem sentido, sem lógica. Um milagre lindo e absurdo. Sinceramente não sei do que se trata, mas necessito. Acredito.

Um carinho sutil!

Mais explicações

Os demônios da destruição são aqueles que só possuem força se os tememos.
Quem disse isso foi o Deepack's Chopra.
Se você quizer destruir alguma coisa em mim eu renasço,
eu recontruo, pois na verdade não há nada a ser destruído.

Eu pensei assim: Alguém vem aqui como muitas vezes e acaba como o blog, como em muitas vezes. Se tiver de ocorrer isso que ocorra. Cada vez eu me expresso com mais força e a expressão da verdade aumenta com o tempo, com as situações, com a reflexão e com uma qualidade que ocorre na prática, com a experiência e a releitura de muitos fatos de nossas vidas.

Sei que não deveria explicar nada e nem escrever nada. No dia em que eu me bastar e estiver madura o sufiente eu ficarei com o meu silêncio em que não serão mais preciso as palavras. Apenas hei de contemplar o horizonte na sua plenitude se sentir a Paz como em alguns momentos a sinto como hoje pela madrugada onde busquei um lugar reservado em mim que não estivesse invadido pelos julgamentos, estes que nos perturbam e criam bruxas malvadas e fadas boazinhas, princesas, heróis e dragões quando já nós encontramos bem além destes maniqueimos infantis e percebemos a sua perda de tempo onde todos são sempre iguais, muda a vida e seus protagonista jamais se transformam em algo diferente e melhor.

Um relação

muito frágil
é um monólogo e tu que só acredita nas coisas do mundo
Pedras frias de limos escuros de superfície escorregadia
Deparo-me com medos e prossigo na coragem
de ser simplesmente eu mesma,
em qualquer coisa
Ando no escuro guiada por meu próprio tato.
Só me descobro morta quando alguém me chama à superfície.
Muitas mãos se oferessem para a oferta, para o pedido e não as tuas
úmidas de suores frios, beijadas amadas, ausentes,
lembradas, como as pedras, as pedras e seus líquens e musgos que na sua
humidade conservam em si a vida dos minerais profundos que
contam a história do fim e do início do mundo.
Meu medo de tí é fascinio.
Meu ódio de ti é amor que se beijam na contradição
de todos os mitos deste mundo
Fascinação vislumbra Amor Eterno,
Infinito, na vida das
pedras que talvez amem os musgos que as revestem de escura, verde vida emotiva
dos recontidos da alma, quartos escuros onde te busco no silêncio da noite, em sonhos,
em desespero de buscar a humildade oculta nos musgos verdes de
uma vida sem teu amor, primitiva
e se te encontro e não me queres não realizo,
desespero, pois é tua vontade
meu orgasmo cósmico, intenso, mítico,
perdido...


Ao escrever este Romance que acabo de terminar, um termino um tanto forçado, por acanhamento quando contei para várias pessoas eu o dedico aqueles infelizes que pecam pela sua idolatria. Abomino a idolatria. Não sou idólatra, porém antes iconocastra. Mas é sincero do fundo do peito que tenho esta cina da imperfeição cravada dentro de mim como cicatriz que aumenta com os anos enquanto minha pele estica e um dia será como papel de seda. E encontro em mim algo de idolatria. Sou um pouco idólatra sim. Perdão!
A música "Fascination" em Inglês nos diz que a fascinação um dia será amor, porque assim o desejamos e porque talvez seja mesmo da natureza humana evoluir. Neste sentido eu não conheci ninguém que tivesse amado assim como descrevem que o amor deva ser. Não conheci ninguém que tivesse amado segundo o conceito de Camões do amor e de acordo com as sutras sagradas. Por isso "atire a primeira pedra quem não tiver nenhum pecado".
Não acredito que tenha havido figura perfeita na terra, nem mesmo Jesus eu creio que tenha atingido a perfeição.
Sinto muita raiva da razão humana, da minha própria razão e raciocínio. Quem se diz muito razoável não é. Muitos têm me ensinado coisas e por isso eu dou muito valor para minha
INCOERÊNCIA. Quem me chamou de incoerente para me arrancar do seu seu caminho, um caminho estreito para seu querer profundo me indicou esta qualidade da incoerência. Lógico, incoerente e incoerente lógico, eis que a verossimilhança é qualidade da literatura e não da vida. E alguns vivem uma vida literária, uma ficção. Se eu contasse a verdade ninguém acreditaria, como aquele cara que chega no encontro com a namorada atrasado porque furou o peneu e mente que encontrou outra mulher. A outra mulher na vida de dois namorados é bem mais lógico do que esta desculpa do pneu furado ou do dentista. Este tipo de desculpa a gente tem de fingir que acredita. Pois assim esta pessoa que me chamou de incoerente está levando muitas vantagens na terra e se tornou verossímel pois sua vida é uma ficção.
Eu sou INCOERENTE. Sou incoerente porque desde pequena me disseram para
"estar no mundo sem ser do mundo".
Meu romance pode convencer pouco, mas convence mais do que a realidade. Teriamos pregüiça de perguntar o porquê do porquê do porquê para chegar as razões últimas da compreensão da realidade e assim vamos vivendo como cegos.
Quem tem hoje uma idéia comum sobre os fatos da vida faz coro ao criticar as mesmas realidades que todos criticam. Os preconceitos combatidos são os mesmos que todos combatem e poucos têm a coragem de estar só e ser indivíduo.
Em poucos dias uma mulher que acho que nem se agarraria a um casaco gabardine marrom para morrer abraçada nele como eu talvez o fizesse sem o menor senso de ridículo, pois sou brega e ridícula mesma, me marcou muito num só dia da minha vida, num só telefonema, o telefonema maldito que me afastou de uma alma destinada a estar perto de mim na eternidade, muito perto. Depois desta mulher que me chamou de incoerente e vive muito bem na terra este planeta cheio de mentiras e de muitas outra mulheres e homens loucos que tentaram ou até conseguiram provocar a minha caput de minutio (cabeça cortada- morte em vida quando se considera aquela pessoa incapaz de dizer algo coerente) eu vivo aqui sem ser deste mundo e sei do perigo que represento um bom quarentão de família e da alta sociedade que se me visse e conversasse comigo certamente estaria perdido de seu mundo, um mundo de cuja areia movediça despencaria. Então ele também participou da minha caput de minutio e me chamou de obsessiva. E eu não dei o que sua mulher desejava, o que ele desejava. Não me comportei em relação a ele como obsessiva, pelo simples fato de que não sou obsessiva. A não ser o vicio do café preto que tenho por opção, por que acho que me trás alegria não tenho nenhum outro vício na terra e faço as coisas que tenho vontade. Ser obsessivo é não controlar a vontade, segundo Freud. Já uma pessoa ser obstinada é outra coisa. Pois estou obstinada pela minha própria vontade a dar passinhos de lesma ou de tartaruga para chegar perto de um homem que já nem sei se usa o mesmo casaco. Nâo sei como exatamente está seu rosto, não sei se envelheceu ou se monstruosamente está jovem até hoje enquanto os sinais dos anos me marcaram. Eu sou sei que a minha alma quer este homem e esta é minha vontade.
Ao sentir que a minha vida tão verdadeira é tão inverossímel e que por muito tempo as pessoas me julgam e me julgam e acham muito prático lançar pareceres sobre mim seja para me colocarem num pedestal ou em baixo da terra, eu fui escrevendo para que a minha vida em prosa e verso parecesse mais verossímel e pudesse me expressar. Não que eu não seja transparente, mas de que adianta nossa transparência para aqueles cegos que não querem ver. Foi daí que eu aos poucos assumi que tenho traços disso e traços daquilo. Eu cheguei a conclusão junto a uma psiquiatra que tive a muitos anos atrás que tenho traços de psicose. Assumir isso foi um canal de expressão. Isso me justifica. Isso quer dizer que eu não sou "vagabunda", por não conseguir estabelecer com facilidade relações e vender as coisas que faço, vender meu trabalho. Prefiro ter traços de psicose e provavelmente de esquizofrenia mesmo do que ser obsessiva como um grande amor desejaria que eu fosse para dizer-se perseguido, perseguido pelo que conquistou, pelo que buscou. Prefiro porque isso não me deixa confusa, isso é o que eu sou mesmo à luz da psiquiatria.
Se sou contra a intervenção médica. A resposta não é nenhuma daquelas sugeridas, mas é DEPENDE. Depende de que intervenção médica. E a falta de ética não poupa nenhuma profissão. Todos precisam de médicos e todos podem por isso mesmo dizer que os médicos não se locupetram nunca ilicitamente. Neste sentido o que distinguiria um médico até mesmo destes em cujo ramo permite a riqueza de um operário em construção quanto ao caráter. O caráter da uma pessoa não se mede pela sua profissão, pela sua capacidade mental, pelas sua ideologia política. Vivemos em um país minado de corrupção e quem pisou em uma institição e tem mais de trinta anos de idade sabe muito bem que não existe instituição, profissão, empresa que se salve da falta de caráter e do medo das pessoas. Por isso mesmo eu trato meus medos, trato meu ódio, minha raiva. Uso os florais, os florais funcionam, as orações funcionam e os anjos existem. Quem está comigo pode estar seguro pois sou honesta apesar de imperfeita. Enquanto aquele que me deixou uma dor profunda pela sua ausência no meu coração fecha suas portas para mim, não creio que estará sempre protegido de pessoas por quem tem uma consideração muito grande por causa das aparências e, no entanto, podem ser ladrões de boa parte da pureza da sua alma.
Quando meu romance chegou ao final eu descobri uma coisa muito importante que eu não sabia. Uma angústia veio me avisar enquanto eu procurava sonhar acordada que eu não quero este homem, o muso de Eliot de jeito nenhum contra a sua vontade. Isso me causaria grande desgosto. Senti uma parte deste desgosto e portanto o final do romance foi abreviado e foi surpreendente e enusitado para mim que jurava que Eliot terminar nos braços de Ella. Quem sabe um dia isso ocorra, um dia em meio a muitos dias da eternidade, mas certamente agora não. Ella não forçaria Eliot a nada, não cometeria nenhuma mentira, não manipularia pessoas e o destino, não faria justiça de qualquer maneira com as próprias mãos. Ella dentro deste romance, que é uma ficção deseja um amor de verdade, pois somente o amor verdadeiro satisfaz, verdadeiro na literatura e verdadeiro na vida. O amor para satisfazer precisa ser verdadeiro e livre. Como diziam os antigos: "No amor, o que um não quer dois não fazem".
In office:
Fulano de Tal, eu te amo tanto que até te odeio e te odeio tanto que até te amo. Meu amor por ti é uma urubobos. Acho que tens toda razão de fazeres tudo para me evitar. Foge sim. Mas, toma muito cuidado por saberes que fugindo de mim também tu podes estar fugindo da verdade e fungindo de ti mesmo, este homem tão lindo, este homem puro ingênuo, inocente e apaixonado que pode conservar ainda dentre de si mesmo os seus intensos dezesste anos de idade.
Desculpe estar dizendo isso aqui, mas é que foi interditado o telefone, por e-mail e por carta não há privacidade em ti para mim. A tua casa se abriu para todo mundo menos para mim. Sou um perigo. Toma todo o cuidado comigo, viu? Cuide-se bem, pois as calçadas são públicas e coma muita fibra!

Tuesday, August 01, 2006

Fim

Após um período de grande sofrimento na terra, cuidada por seus filhos e netos Mara veio a falecer. Teve seus últimos momentos abraçada ao casaco de Eliot, aquele marrom gabardine que o deixava tão elegante, mas ele achava que estava um pouco fora de moda e comprou outro gelo. Gelo era o que as mulheres geralmente não não desejavam dele, levar "um gelo" de Eliot doia muito. Oh, como doia, eu é que o diga. O destino e Eliot foram muito bons para aquela que se eternizava como a esposa de Eliot, Mara. Ele foi buscá-la junto a alguns anjos como quem aprendera a conversar e levou-a consigo para o lugar de passagem onde se passa esta história.
Levou-a consigo e a colocaram em aparelhos para que ganhasse mais energia vital e cura. Foi curada com muita música, cores, flores e perfumes deliciosos. Após deixar o mundo ainda se encontrava enferma e nem Eliot a tirou de sua tristeza já constelada em vários dos seus corpos sutis. Com muito trabalho e dedicação, com tempo maior que o previsto para a estadia no planeta de kathiel e Emanuel, Mara ficou bem e voltou a ser a esposa de Eliot.
Como Ella reagiu? Ella não importava-se tanto quanto outrora, mas não digo que ela não tenha sentido perda, inveja, tristeza...tudo isso e mais um pouco ela sentiu, mas bateu asas e vôou. Decidiu vir para a terra novamente e aprender novamente a viver e a ser feliz.
Aqui começa e termina esta história eterna como a memória de Eliot gravada nas estrelas. Ella bebê aprende a sorrir e a brincar com as mãozinhas. É tudo novo. Sua mãe e seu pai cantam juntos para ela dormir e lhes reeducam na escola do amor. Não existe mais Eliot em seu mundo. Ella o esqueceu na mente, mas não em sua alma. Ele virá novamente. Sim, com certeza. Como? Não se sabe. Talvez uma grande amizade surja, um novo caminho, visto que Eliot não nasceu ainda e ficará mais tempo que o previsto em seu lugar de passagem.
Não quero me apegar as coisas da terra, não quero me apegar ao rosto, ao corpo, aos objetos daqueles a quem eu amo. Não desejo apegar-me as suas identidades, mas enquanto isso for inevitável eu vivo como posso. Ainda não encontrei a paz.
Fim
The end
C'est fini
Este romance não se chama Filha do Sol e da lua como este blog aqui, não.
Este romance não tem nome ainda. Este romance tem um nome secreto, aliás, dois. Tem um nome de homem e um nome de uma mulher unidos por um & dentro de um coração transpassado por uma flexa, um coração que sangra em hemorragia crônica mas não deixa nunca de bater... Um coração em cuja ferida exposta podes depositar todas as tuas frustações amorosas...Não temas, alma querida! A fé vale mais do que tudo que passa e se deteriora. Deixe que Ella as assopre para longe e renasça com ela em um lindo bebezinho que aprende novamente a sorrir e quando cai chora um pouco, depois levanta e dá risada, pois é preciso soltar-se do mal para viver na terra.
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O blog continua. Não sei como, porém.
Espero que você tenha gostado desta história. Ela pode ser triste ou não conforme você se lembre e possa imaginar o quanto Eliot amou, ama e sempre amará Ella, embora possa não parecer. Você duvida?

Desilusão

Mensagem telepática chegando:

_Olá , Ella. Aqui sou eu, Eliot. Gostaria de marcar um encontro contigo amanhã no refeitório no primeiro horário. Está bem assim para você?
_Sim. Está bem. Beijos!
_Beijos!

Ella exultou de alegria naquele momento. Esperava tudo de bom.

No Refeitório:

_Vou levar você até o seu curso de Negócios e durante o caminho nós vamos conversar, pois aqui eu sinto que não é o momento e o local apropriado. Ou você prefere que eu solicite um local especialmente para conversarmos?
_Vamos começar agora, por favor. Eu estou ansiosa.
_Não se iluda, Ella.
_Não...está bem. Vamos ver então do que se trata.


Durante o caminho:

Num caminho em meio as árvores, à natureza exultante em murmurinho de riachos e fontes coloridas e ao cantar delicado de muitas aves e de vez em quando um coachar semelhante ao das rãs:

_Ella, eu pretendia...isto é, eu tinha intenções românticas para contigo. Mas, agora não posso mais. Estou dividido.

_Eu quis saber, Eliot. Eu perguntei para Kathiel e para Emanuel sobre a situação da tua vida neste momento. E eu sinto muito. Mesmo assim tive esperanças. Sabe, que coisa estranha, por mais que sua mulher tenha me tratado muito mal eu me sentiria culpada se te amasse tão intensamente o quanto gostaria, sem poder ignorar grande sofrimento dela.

_É mesmo, minha querida? Pois, eu quero que saibas que não sei tão bem de mim mesmo, mas percebo que a amo de uma forma especial na qual somente você mesma ocupa este lugar de afeto em mim.

_Eu...Apenas me abraça forte, por favor Eliot! Consola-me! Você havia esquecido de me consolar a muito tempo atrás quando poderia...
_Eu posso te consolar?
_Não sei. Mas, isso pode ajudar.
E viram por algum tempo abraçados como dois irmãos; como dois amigos. A dor tornava-se, desta forma um pouco mais suportável e sentiram coragem um no outro. Ella resistiu o desejo de atacar suas orelhas e permaneceu naquele carinho casto em que apenas escorregou as mãos sobre sua cabeça e beijou-lhe lentamente uma das faces de luz quando ele resistiu afastando-se. Beijou a ponta dos dedos e soprou para ele uma mensagem quase secreta: “Vá para onde queiras, meu amor. Vá com tua alma beijada!” Não é meu aquilo que me pertence. Já nem sou mais de mim mesma. Que me importa quanto sofrimento o meu peito pode conter se é meu amor por ti a maior força que reconheço em mim e isso me faz imensa?

_Perdoa-me, Ella?

_Não há o que perdoar-te, meu querido. Só tens o que me ensinar na tua ausência assim como em tua presença. Eu o levarei sempre comigo. Eu serei o que tu és sem para isso deixar de ser mulher e de ser eu mesma. Se não te tenho mais, te sou.

_Tiau! Eu preciso ir logo antes que fique mais difícil para mim. Ajuda-me a permanecer com a minha energia integra e conserva desta forma também a tua!

Eliot viou-se de costas e se foi. Não olhou nenhuma vez para trás como Ella tinha lhe ensinado a fazer em todas as vezes em que se afastasse. Havia o perigo da fragmentação quando ficamos divididos em nossas crenças de separatividade, por isso Ella desejou do fundo do coração que um dia ele retornasse inteiro para ela, quando seguramente isso não causaria qualquer arranhão em quem quer que fosse, pois era da ordem do Amor, da Luz e da Justiça o que sentia por Eliot. Ella o abençôou para que pudesse espalhar o bem por todos os lugares onde fosse e no fundo sabia que um dia seria imensamente inundada pela felicidade deste retorno de benesses. A angústia da separação conservou-lhe a fé, por isso pela primeira vez não desesperou ao sentir que o perdia nem sei por quantos anos, por quantas eras, havia de encontrá-lo nem que fosse além da eternidade. Quando ele já andava longe, Ella gritou quando Eliot não mais pode ouvir:

_Vá com Deus, meu amor! Vá com Deeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuussssssssssss!!!!

Agora só me resta espiá-lo de longe no meu disfarce de folhas, de algas, de núvens...